O Programa de Transtornos Alimentares – AMBULIM do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foi criado no primeiro semestre de 1992, quando não havia no Brasil nenhum centro especializado no tratamento dos transtornos alimentares.
Inicialmente era chamado de Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares, nome que originou a abreviatura AMBULIM.
Conforme o aumento da demanda de pacientes com Transtornos Alimentares e os avanços dos estudos científicos na área ao longo dos anos, foram criadas outras especificidades ambulatoriais e formados grupos especializados para os atendimentos dessa população.
Os Ambulatórios estão estruturados em unidades especializadas de atendimentos. Atendem Homens e mulheres acima 18 anos de idade com diferentes tipos de transtornos alimentares (Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa, Transtorno da Compulsão Alimentar, Transtorno Alimentar Não Especificado) e oferecem orientações, informações e apoio aos familiares. Os atendimentos ocorrem semanalmente às sextas-feiras, no período da manhã ou tarde, de acordo com cada ambulatório entre 8h e 17h.
Atualmente, o Ambulim conta com os seguintes serviços ambulatoriais:
Além dos ambulatórios há também a Enfermaria do Comportamento Alimentar – ECAL
O Ambulatório de Anorexia Nervosa (AN) teve início no ano de 1992. Realiza atendimento especializado para mulheres maiores de 18 anos com Anorexia Nervosa. Os atendimentos são realizados individualmente e em grupos pela equipe multidisciplinar.
São oferecidos os seguintes atendimentos:
Os atendimentos ocorrem semanalmente às sextas-feiras.
O Ambulatório de Bulimia Nervosa (BN) teve início no ano de 1992. Realiza atendimento especializado para mulheres maiores de 18 anos com Bulimia Nervosa. Os atendimentos são realizados individualmente e em grupos pela equipe multidisciplinar.
São oferecidos os seguintes atendimentos:
Os atendimentos ocorrem semanalmente às sextas-feiras.
Em 2004 foi criado o GRUPO DE ATENDIMENTO PARA HOMENS COM TRANSTORNOS ALIMENTARES – GEHATA, com o objetivo de oferecer tratamento especializado para homens maiores de 18 anos com transtornos alimentares (Bulimia Nervosa, Anorexia Nervosa e Transtorno da Compulsão Alimentar). O atendimento é realizado por equipe multidisciplinar, e ocorre no formato individual e em grupos.
São oferecidos os seguintes atendimentos:
Os atendimentos ocorrem semanalmente às sextas-feiras.
O GRECCO foi criado em 2004 com o objetivo de oferecer tratamento especializado para Mulheres, entre 18-65 anos, com diagnóstico de Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA) e Obesidade. O atendimento é realizado por equipe multidisciplinar e ocorre no formato individual e em grupos.
As pacientes do GRECCO recebem os seguintes atendimentos:
Os atendimentos ocorrem semanalmente às sextas-feiras.
O PROTAD iniciou suas atividades em novembro de 2001. Atende crianças e adolescentes até 18 anos de idade com diferentes tipos de transtornos alimentares (anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno alimentar restritivo/evitativo) e suas famílias.
Os atendimentos podem ser ambulatoriais ou na enfermaria (conforme disponibilidade de vagas). No caso dos pacientes com diagnóstico de transtorno alimentar restritivo/evitativo (TARE), conhecidos também como anorexia infantil, comer restritivo, comer seletivo ou fobia alimentar, os atendimentos são ambulatoriais, com consultas semanais.
O tratamento para todos os transtornos alimentares é realizado por equipe multidisciplinar formada por psiquiatras, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros e fonoaudiólogos especialistas.
Contato: protad.ipq@hc.fm.usp.br
A Enfermaria do Comportamento Alimentar, é a única no setor público do Brasil com atendimento gratuito e especializado para pacientes com Transtornos Alimentares. A ECAL, como é conhecida, conta com uma história de dedicação e persistência de muitas pessoas e profissionais pioneiros que ao longo dos anos, se empenharam e inspiraram outros profissionais no compromisso de um espaço que atendesse especialmente os pacientes com quadros mais graves de transtornos alimentares que necessitassem de internação.
No inicio, em 1992, quando foi criado o Ambulim, os pacientes mais graves com transtornos alimentares, eram internados na Unidade Primeira Feminina do Hospital, junto com os pacientes que apresentavam outros transtornos mentais. Com a construção de uma nova ala no prédio em 1996, os pacientes com transtornos alimentares graves passaram a ser atendidos na Enfermaria Mista, junto com a geriatria. Em 2004, o projeto de uma unidade especializada de internação aos pacientes com transtornos alimentares graves, se tornava realidade. Nesse ano foi inaugurada a ECAL com 10 leitos para internação. As internações na ECAL são preferencialmente voluntárias para estimular o envolvimento e responsabilização dos pacientes em seu tratamento que dura em média 90 dias.
Com o fortalecimento da equipe multiprofissional e criação de grupos específicos de atendimentos ao longo do tempo, a ECAL conta hoje, com o desenvolvimento de um programa realizado por uma equipe de médicos psiquiatras, nutricionistas, equipe de enfermagem, neuropsicólogos, terapeutas familiares, psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos, assistente social, terapeuta ocupacional, eutonista, instrutor em mindfulness e cão terapia.
Pacientes internados na Enfermaria do Comportamento Alimentar em regime de internação completa recebem cuidados especializados da equipe de enfermagem, acompanhamento semanal psiquiátrico, nutricional, psicoterapêutico (individual e em grupo) e atendimento familiar. Igualmente, são oferecidas outras atividades terapêuticas como: Grupo Terapêutico de Imagem Corporal, Eutonia, Mindfulness, Grupo de Habilidades DBT – Terapia Comportamental Dialética. Tais atividades são realizadas em grupos, em horários pré-estabelecidos e são de caráter obrigatório para todos os pacientes. As avaliações psicológicas e neuropsicológicas, assim como o acompanhamento terapêutico são realizadas conforme solicitação da equipe multidisciplinar. Ainda são oferecidas outras atividades terapêuticas, de caráter optativo, tais como Cão Terapia, Mindfulness para Familiares, Grupo de Leitura, Ioga, Family Connection (DBT – Terapia Comportamental Dialética para familiares) e outras, sempre visando ampliar a proposta terapêutica. A participação em todas as tarefas propostas é entendida como fundamental para a boa evolução do tratamento.